Um morto e um ferido num ataque em Gondola

Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida num ataque armado a um autocarro de passageiros da transportadora “Entre Rios”, ocorrido hoje, na região de Muda Serração, distrito de Gondola, província de Manica.

No ataque, um passageiro morreu e o cobrador foi alvejado na cabeça, tendo a bala ficado alojada numa das partes do seu corpo.

A vítima precisa de intervenção cirúrgica, que segundo o Hospital Provincial de Chimoio deverá ser feita na cidade da Beira. A unidade sanitária não forneceu detalhes a respeito do assunto.

A vítima mortal, de acordo com os passageiros, é um jovem de aparentemente 30 anos de idade que apanhou o autocarro na zona de Muxúnguè. No momento dos disparos, o finado encontrava-se sentado, tendo sido surpreendido por uma rajada de balas e foi também atingido na cabeça.

O autocarro atacado saía de Maputo para a cidade de Quelimane. Chegado à zona de Muda Serração, a cerca de 20 quilómetros de Inchope, foi emboscado por homens armados, os quais dispararam vários tiros, segundo contou Carlos Macuácua, condutor que teve várias escoriações no braço direito, devido aos estilhaços de vidro para-brisas, que foi atingido por cerca de 20 balas.

“Eu passei um posto policial e não andei nem dez minutos, de repente vi em minha frente homens armados a dispararem contra o carro frontalmente. Daí pensei que nem vale a pena parar, porque na mesma se eu parasse iria morrer, preferi que me matasse enquanto eu andava com o carro”, narrou Macuácua, para quem é chegada a hora de o Governo intervir para travar as incursões armadas.

A Irmã Mariza, da Igreja Católica, seguia no mesmo autocarro emboscado na noite desta segunda-feira na estrada nacional número um. Apelou a quem de direito para, de uma vez por todas, acabar com a onda de ataques que estão a matar civis.

A interlocutora disse não perceber como é que os ataques ocorrem em áreas onde a Polícia frequenta.  
“A estrada está coberta de polícias”, mas “de repente uns 10 minutos depois do ataque, encontrámos polícias na estrada”, os quais “entraram no autocarro para ver os danos e depois seguiram sem prestar qualquer socorro. É muito triste mesmo. O Estado devia ver essa situação”, lamentou a responsável religiosa.

Apesar dos ataques que quase diariamente ocorrem na Estrada Nacional número um (EN1), entre Muxúnguè e Inchope, as autoridades policiais referiram, na última segunda-feira, que as Forças de Defesa e Segurança estão a controlar a situação ao longo daquela importante via terrestre. E assegura que a normal circulação de pessoas e bens está garantida.

 

Fonte:O País

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