Uma em cada dez pessoas no mundo sofre de intoxicação alimentar

Numa altura em que o país e o mundo o mundo preparam-se para assinalar amanhã o dia mundial de alimentos seguros, cresce a preocupação das autoridades de saúde por conta da maior exposição de alimentos não seguros em diferentes cidades do país.

À escala mundial, uma em cada dez pessoas sofre de intoxicação alimentar devido a alimentos não seguros. Dados da organização mundial da saúde apresentados pelo ministério da saúde de Moçambique aponta para o registo de 420 mil mortes por ano no mundo por conta do consumo de alimentos não seguros.

Para o caso de Moçambique não existe um registo preciso de óbitos por conta desta situação. Segundo a Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene Cuco, em 2018 houve registo de 500 mil casos de diarreias que embora as autoridades do sector de saúde não indiquem uma ligação intrínseca com o consumo de alimentos não seguros, não deixa de haver conexão e daí o alerta.

A OMS considera ainda que o consumo de alimentos não seguros representa uma ameaça à saúde. Um rápido olhar pelo mundo, verifica-se alguns países mais desenvolvidos que possuem infra-estruturas e normas que garantem a Inspecção dos alimentos em toda a cadeia de produção incluindo até ao consumo. Para o caso de Moçambique a situação é bem diferente, segundo Rosa Marlene Cuco.

Em diferentes Cidades do país regista-se a venda de alimentos crus e cozidos em situação que perigam a saúde, situação que para as autoridades e saúde deve mudar a partir de cada um dos moçambicanos.

“Sem alimentos seguros não há segurança alimentar. Não há saúde, não há bem-estar sem saúde e para a pessoa se sentir alimentada tem que ser com alimentos seguros”, disse Rosa Marlene Cuco. A dirigente do sector de saúde disse ainda que “as doenças transmitidas por alimentos são evitáveis”.  

O MISAU saúda e reconhece o trabalho que as autoridades municipais da Cidade de Maputo desenvolveram em interditar a venda de alimentos nos passeios da praça dos combatentes vulgo “xiquelene”. Aliás Rosa Marlene defende que outros municípios do país deviam seguir o exemplo da edilidade de Maputo.

“Não é por sermos pobres que podemos nos sujeitar a alimentos não seguros, são pequenas coisas que precisamos de fazer para criar condições cada um de nos para que haja saúde” rebateu a directora nacional de saúde publica, durante a conferencia de imprensa havida ontem com objectivo de anunciar as celebrações hoje do dia mundial de alimentos seguros.

Mais de 200 doenças diarreicas e intoxicações alimentares podem ser transmitidos por consumo de alimentos não seguros. Em moçambique diarreicas, cóleras e disenterias e outras são em partes transmitidos por consumos de alimentos não seguros.

As crianças, os idosos e pessoas debilitados são mais vulneráveis a contrair doenças em consequência de ingestão de alimentos não seguros.

O Instituto nacional de normalização de qualidade diz que nesse caso de alimentos de alimentos seguros “temos aprovados 399 normas para diversos produtos alimentares o nosso grande problema e desafio é que os agentes económicas e outros interessados façam uso dessas normas”.

O dia mundial de alimentos seguros foi declarado pelas nações unidas a 20 de dezembro de 2018 e será celebrado sob o lema “Alimentos seguros, responsabilidade de todos”.

 

Fonte:O País

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