A ASSOCIAÇÃO agro-pecuária de Muda Macequesse, em Nhamatanda, província de Sofala, conheceu redução do volume das suas vendas deste produto na época passada devido ao roubo de cana sacarina.

De acordo com o presidente daquela agremiação, Rui Vicente, na última época não houve colheita esperada devido ao roubo massivo da cana sacarina por um lado, perpetrado por comunidades e por outro, por parte de ladrões que usam aquele produto para o fabrico de bebidas tradicional localmente conhecida por “Nipa”.

A associação de Muda Macequesse está a produzir a cana sacarina para posterior venda à Açucareira de Moçambique, entidade que tem apoiado no fomento daquela cultura.

Rui Vicente referiu que dos 58 hectares que a organização está a plantar, por cada hectar não se conseguiu colher as esperadas 95 toneladas porque “na calada da noite grupos de cidadãos aparecem para cortar a cana”.

“O roubo se agudizou porque na época passada havia muita fome e as machambas quase não deram nada. A população roubava a cana para ver se conseguia subsistir, mas também houve gente que  veio de locais distantes  para roubar cana para produzir nipa”, disse.

A lamentação aconteceu no âmbito da visita da missão conjunta entre quadros do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) e do Banco Mundial no quadro do projecto de desenvolvimento de irrigação sustentável.

Os camponeses associados disseram estar a tomar medidas de precaução, sendo uma delas o aumento de segurança ao longo das suas áreas de cultivo.

O informe foi dado ao representante do Banco Mundial, Aniceto Bila, que se deslocou ao local para se inteirar  do projecto de irrigação financiado pela instituição financeira multilateral.

Os camponeses afirmaram ainda que o empreendimento está a desenvolver a vida dos seus associados e as comunidades em redor.

Entretanto, o responsável pelo Projecto de Desenvolvimento de Irrigação Sustentável (PROIRRI), Eugénio Nhone, disse que o projecto de irrigação está a trazer benefícios paras as comunidades, sobretudo na área de produção de arroz e horticolas.

Este projecto abarca as províncias de Manica, Sofala e Zambezia.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/67014-venda-de-cana-de-acucar-reduz-em-nhamatanda.html

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