Chegou, treinou e venceu. Um campeonato e uma supertaça para o Xangai, logo no primeiro ano como treinador. O feito valeu-lhe uma popularidade muito acima da média, sobretudo para um país como a China, com 1,3 milhões de habitantes.

Mas esta segunda época já não está a correr tão bem. “O ano passado criou-se a ilusão, porque fomos campeões, de podermos reforçar a equipa e reforçar as nossas ambições”, explica Vítor Pereira à TSF. O treinador lamenta que o clube tenha deixado sair recentemente “o melhor marcador e o melhor jogador chinês da atualidade” e lembra que, assim, “em vez de melhorar o nível”, a equipa acaba por ficar mais enfraquecida.

A ocupar neste momento o terceiro lugar do campeonato, Vítor Pereira avisa que “as ambições têm que ser à medida das nossas possibilidades”, como que justificando uma época que está longe de ser tão boa como a anterior.

O desejo de regressar a Portugal, esse, existe e está bem presente na cabeça do treinador. Duas vezes campeão pelo Futebol Clube do Porto, Vítor Pereira admite que “o regresso a Portugal seja um processo natural” e que “depois de estar uns anos fora de casa, daqui a algum tempo, se houver oportunidade, acabe por regressar”.

Mas para onde? Com o cuidado de não fechar portas, o treinador traça, no entanto, o perfil do clube que gostaria de treinar. E, nesse perfil, praticamente, só cabem os três grandes: “Se um dia regressar, regressarei para um projeto que seja aliciante, que me dê condições para continuar a lutar por um título. Essa será sempre a minha ambição.”

Seleção? Ainda não é o momento

Não será exagero dizer que é a ambição da maioria dos treinadores portugueses: ser selecionador nacional. Vítor Pereira não foge à regra, mas, cauteloso, coloca em perspetiva esse sonho: “Acho que a seleção está muito bem entregue às pessoas que lá estão neste momento”, num claro elogio à equipa técnica liderada por Fernando Santos, que “tem provado e tem-nos dado muitas alegrias nos últimos tempos.”

Vítor Pereira acredita no apuramento da seleção para o Europeu de 2020 e remata dizendo que a sua carreira “ainda não passa por aí”.

Fonte:TSF Desporto

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