Conhecido pelas suas medidas incisivas no sistema financeiro nacional, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, diz que quer pôr fim ao nepotismo naquela instituição pública moçambicana.

Falando, ontem, em Maputo, durante o Balanço do ano de 2019 e perspectivas para 2020, Zandamela queixou-se da existência de muita “familiaridade” no Banco Central.

 

Perante o cenário, avisou: “Quem quiser que o seu familiar entre no Banco Central, que cesse funções antes para deixar espaço ao seu parente”.

 

Discursando perante administradores, directores e funcionários da instituição, gestores públicos e da banca comercial, entre outros, Zandamela explicou que a introdução de normas que impedem a entrada no Banco Central de familiares directos, até ao quinto grau, de gestores a partir do nível de director, é uma medida que se enquadra nas reformas internas e que visa tornar a instituição mais transparente e inclusiva.

 

Nesse contexto, “continuamos a privilegiar a abertura de concursos internos para o provimento de vagas para cargos de gestão e mantivemos a promoção de concursos externos transparentes para o preenchimento de vagas para técnicos”, acrescentou o Governador do Banco Central.

 

Zandamela garantiu, na ocasião, que esta medida já está a vigorar. Deu exemplo do recrutamento havido recentemente na filiar do Banco Central em Xai-Xai, província de Gaza.

 

“Todos os jovens dos 20 aos 30 anos de idade, que foram recrutados, foram admitidos neste novo critério, em que familiares directos, até ao quinto grau, de gestores, não podem entrar na instituição”, concluiu o Governador do Banco de Moçambique. (Evaristo Chilingue)

Fonte: Carta de Moçambique

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