OS zimbabweanos prestaram desde ontem a última homenagem ao líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC-T), Morgan Tsvangirai.
Tsvangirai morreu na quarta-feira passada, aos 65 anos, num hospital da África do Sul, onde estava a ser submetido a um tratamento contra um cancro de cólon, que lhe foi diagnosticado em 2016.
Centenas de pessoas aglomeraram-se no principal aeroporto do Zimbabwe no sábado, quando seu corpo chegou e receberam-no com hinos e cânticos. “Recebemos o corpo do nosso presidente, nosso herói, nosso ícone, nosso patriota e grande líder”, disse Nelson Chamisa, um dos três adjuntos de Tsvangirai.
A urna com os restos mortais do líder da oposição zimbabweana foi levado depois para um campo militar onde habitualmente os corpos de heróis nacionais ficam em camara ardente antes do funeral.
A morte de Tsvangirai ocorreu quando as tensões sobre sua sucessão ameaçam destruir o MDC-T, a facção que continuou sob a sua direcção depois da cisão do MDC original criado em 1999. Uma nova divisão do partido, depois da ocorrida em 2005, poderia dar vantagem ao Presidente zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, que assumiu o poder em Novembro passado, a após a resignação de Robert Mugabe.
Apesar dos problemas que foram surgindo no MDC desde a sua criação há 19 anos, é consenso no Zimbabwe o reconhecimento do papel de Morgan Tsvangirai na luta pela democratização do país.
“Quando escrevemos a história deste país, não podemos deixar de lado a participação e o papel que o ex-primeiro-ministro (2009-2013) desempenhou no esforço para fortalecer os valores democráticos neste país”, disse Mnangagwa pouco depois de apresentar as suas condolências à família Tsvangirai no domingo, na residência do finado.
O Presidente disse que as próximas eleições no Zimbabwe, ainda sem data mas que devem ocorrer até Julho, devem ser livres, justas e credíveis em homenagem a Tsvangirai.
Tsvangirai será sepultado hoje na sua terra natal Buhera, 250 quilómetros a sul de Harare. – TIMESLIVE/LUSA
Fonte:Jornal Notícias