Zuma pede: Não se concentrem em mim, mas nas questões reais do país

O PRESIDENTE sul-africano, Jacob Zuma, rejeitou as alegações de corrupção que pesam sobre si e aludiu, novamente, a uma “terceira força” que está por detrás da ascensão, no país, das manifestações críticas à sua pessoa.

No que pode ser visto como um ataque directo aos recentes pronunciamentos contra si dos principais parceiros do Congresso Nacional Africano (ANC), o Partido Comunista Sul-Africano (SACP) e a confederação sindical Cosatu, Zuma recomendou aos críticos que se concentrem em “questões reais” que afectam a classe trabalhadora e os pobres em vez de “ridicularizar” o ANC em público.

“Há um problema neste país de pessoas que dizem que estamos em crise (…) Os que dizem que o ANC está em crise devem se dirigir a Zuma e dizê-lo que ele não é um bom líder”.

“O engraçado é que aqueles que votaram contra o ANC não mudaram, continuam a ser contra nós. Estes não nos surpreendem. A surpresa vem dos que fazem parte do ANC e começam a falar coisas incompreensíveis que não as dizem nos lugares próprios. Às vezes ouvimos líderes religiosos dizer coisas que um padre não deve dizer”, afirmou Zuma falando, em isiZulu, no Estádio Moses Mabhida, em Durban, na noite de domingo, num encontro de oração realizada em sua homenagem. 

“Lançam todo tipo de acusações sobre mim. Dizendo que sou corrupto, que roubo, sem nenhuma evidência dessas acusações (…) “, diz Zuma. 

Os partidos de oposição têm seus próprios problemas, contudo gastam muito tempo e recursos falando do ANC.

Horas antes, num comício em Bulwer, ele anunciou o seu apoio antiga presidente da Comissão da União Africana (UA) e sua ex-esposa, Nkosazana Dlamini-Zuma, para a liderança do ANC, após Dezembro próximo.

O grande adversário de Nkosazana na corrida pela sucessão Jacob Zuma é Cyril Ramaphosa, actual vice-Presidente do ANC e da República, que tem o apoio da COSATU e do SACP. – SABC

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